Ontem, começei o dia a ler um artigo no site da Quercus e fiquei a saber que era o Dia
Mundial da Bolota. Descobri também que
este fruto tem um enorme potencial que, de momento, é pouco valorizado no nosso
país, sendo mesmo um fruto desprezado na nossa alimentação, estando associado à
dieta dos porcos, principalmente no Alentejo, onde a carne de porco alimentado
por bolotas é bastante valorizada.
Despertou-me a curiosidade e fiz uma pesquisa sobre o
assunto. Fiquei a saber que nem sempre foi assim. Durante vários séculos a
bolota fazia parte ativa da alimentação de várias culturas, como a celta ou a
grega. Com um forte valor nutricional, a bolota era utilizada na alimentação
dos guerreiros, sendo mesmo considerada o alimento dos homens invencíveis, na
Antiguidade Grega. Já os lusitanos e os outros povos
pré-romanos da Península Ibérica faziam farinha das
bolotas para fazer o pão que, ainda hoje é feito.
O
uso da bolota na alimentação só caiu em desuso após a grande guerra, quando
houve escassez e racionamento de cereais. A população recorria ao que havia em
maior abundância, fazendo principalmente farinha para o pão. Em época de fome, Salazar quis fazer do Alentejo o celeiro da Europa,
os cereais de crescimento rápido vieram substituir a bolota. Associada a tempos
de fome e dificuldades, a bolota foi sendo reservada para os animais, deixando
de ser utilizada de forma ativa.
Mas o que é a bolota?
A bolota é o fruto produzido por carvalhos,
azinheiras e sobreiros. É um fruto seco abundante em Portugal,
apresentando vários benefícios nutricionais, sobretudo para pacientes celíacos,
já que é rico em fibra e proteína mas não tem glúten. Apresenta um alto poder antioxidante, tendo
uma gordura semelhante à do azeite, possui alguns compostos que podem ajudar ao
combate de doenças como o cancro e o Alzheimer.
Hoje em dia, já
existem algumas receitas em que a bolota é a estrela. O chef Pedro Mendes
publicou o livro “O Renascer da Bolota”,
onde apresenta algumas sugestões para incorporar este alimento na nossa
alimentação. Também a Quercus tem uma publicação sobre Frutos
Silvestres Comestíveis onde a bolota também se encontra referida.
Contudo, os grandes impulsionadores da bolota são os responsáveis pelo blog bologta: a bolota que tem um blog. Desde 2009 que promovem todo o tipo de atividades ligadas a bolota, tendo mesmo sido os “fundadores” do dia Nacional da Bolota. Todo o trabalho desempenhado é de valorizar. Responsáveis por iniciativas ligadas a preservação da floresta portuguesa, nomeadamente de espécies autóctones do nosso País, como a floresta de carvalho, estudam e acompanham a evolução da floresta, além de promoverem e potenciarem o seu potencial económico. Reeditaram recentemente o Manual da Bolota, onde descrevem todas as suas iniciativas, fomentando mais uma vez a preservação do meio ambiente. É um excelente guia para quem quer plantar carvalhos / semear bolotas.
Contudo, os grandes impulsionadores da bolota são os responsáveis pelo blog bologta: a bolota que tem um blog. Desde 2009 que promovem todo o tipo de atividades ligadas a bolota, tendo mesmo sido os “fundadores” do dia Nacional da Bolota. Todo o trabalho desempenhado é de valorizar. Responsáveis por iniciativas ligadas a preservação da floresta portuguesa, nomeadamente de espécies autóctones do nosso País, como a floresta de carvalho, estudam e acompanham a evolução da floresta, além de promoverem e potenciarem o seu potencial económico. Reeditaram recentemente o Manual da Bolota, onde descrevem todas as suas iniciativas, fomentando mais uma vez a preservação do meio ambiente. É um excelente guia para quem quer plantar carvalhos / semear bolotas.
Como sabem, no âmbito do grande incêndio do Caramulo de 2013, foram
desenvolvidas inúmeras atividades, entre elas a plantação de sobreiros e
carvalhos na nossa serra, como podem ver aqui.
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